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A frente ribeirinha de Viana do Castelo apresentou várias oscilações no decorrer da sua formação. Sofreu várias transformações ao longo do tempo, e esta parte da cidade assume-se como a chave de todo o desenvolvimento de Viana do Castelo, era realmente uma cidade de vocação marítima. Mas durante muitos séculos, a frente fluvial foi encarada como o inverso da urbanidade, apesar de esta ter constituído um interface muito importante no desenvolvimento da cidade.
 A frente ribeirinha acompanha a história de Viana desde a sua génese. As margens do rio Lima, desenhando uma enseada natural abrigada por um monte sobranceiro, constituíram o local de fundação da cidade. E aí se estabelece a primeira relação entre ambos, uma relação geográfica, topográfica, funcional e estratégica, mas acima de tudo afectiva. Esta frente integrava-se no processo de formação de Viana tendo sido utilizada como linha orientadora da nova expansão urbana.
No entanto continuava relegada enquanto elemento urbano, vendo as suas relações com os principais centros cívicos da vila serem esmorecidos. Era a zona mercantil e popular, função de porto de mar, que apesar de ser a abertura ao oceano e a fornecedora de toda a riqueza da vila, era ainda um local bastante humilde, apesar da intensa actividade que existia nas suas margens, que desenvolvia este espaço de transição entre o meio aquático e terrestre. Era uma zona multifuncional onde se realizavam as actividades pesqueiras e mercantis.
Mais tarde o porto foi-se desenvolvendo, onde se construíram docas e cais, espaços militares, aterros e também novos bairros e praças ribeirinhas. A frente ribeirinha começava a estabelecer então uma nova relação de urbanidade entre as suas margens e a população da cidade.
Torna-se então uma nova centralidade. O valor do espaço público elevava-se cada vez mais e tornava-se então num dos principais vectores em matéria de ordenamento urbano, ganhando demasiada importância para a população de Viana. A frente ribeirinha ganha então uma nova importância e uma nova funcionalidade: o grande passeio público, a nova marginal urbana da cidade que estava inserido num plano desenvolvido pelo governo de impulsionar as obras publicas e modernizar as estruturas urbanas.
Viana do Castelo abre-se então á urbanidade do século XX com um novo passeio público