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O Programa Polis - Programa de Requalificação Urbana e Valorização Ambiental das Cidades constitui, para um número alargado de cidades, uma oportunidade a não desperdiçar no contexto das políticas encetadas pela Administração Central.
Saber o que fazer com essa oportunidade e como transformá-la num processo de promoção urbana, com resultados imediatos e directrizes para as próximas gerações, constitui o grande  desafio que as cidades terão de saber aproveitar.
O Programa Polis para além da componente do investimento, compreende acções de realização imediata, contêm directrizes fundamentais para a transformação e promoção urbana, possuem abordagens diferenciadas no tempo, cuja capacidade de transformação do território extravasa o limite estabelecido pelo Programa, sendo sempre necessário ter em conta a intervençao em relação à cidade e não apenas em relação ao local abordado,  decorrendo daí a ideia de que a cidade está em constante construção e renovação, quer isto dizer que se afirma como um processo aberto.
Para uma avaliação dos referidos Programas, e numa altura onde não é possível analisar resultados, importa antes de mais reflectir sobre um processo, uma vez que se entende que este constitui uma parte importante para o sucesso dos referidos Programas.
Verifica-se que a Planificação Estratégica não é, ainda, encarada como uma mais valia e também não constitui um processo corrente e normal da condução das políticas urbanas. Esta frequentemente associada a uma oportunidade de financiamento promovido pela Administração Central assume um carácter de procedimento essencialmente burocrático.
O possível legado do Programa Polis será fundamentalmente a capacidade de transformar uma oportunidade circunscrita a um período de tempo limitado, num processo que tenha capacidade para se auto-regenerar e reinventar. Essa condição será alcançada com actuações mais flexíveis e experimentais, onde a capacidade técnica e política jogam um papel fundamental.
A qualidade ambiental nas cidades é um tema ainda pouco claro. Os princípios "ambientalistas", que nela operam, impõem-se institucionalmente de forma (in)discutível.
A resolução das questões ligadas ao ambiente urbano deve compreender a cidade como um corpo heterogéneo resultante de uma construção abstracta e artificial do homem.