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No limite da plataforma, com apoio na areia e soltos do passeio, surgem vários equipamentos que complementam a intervenção. A sua localização é estratégica e surge numa marcação contínua de norte a sul.
No que diz respeito à sua volumetria, foram tomadas precauções no sentido de minimizar o impacto da frente construída sobre a praia definindo uma nova frente urbana.       
A escala tomada para estes equipamentos ao invés de seguir a tradicionalmente usada em equipamentos desta natureza, procura uma redefinição à imagem dos equipamentos industriais e portuários.

Restaurante Panorâmico

Localizado no topo Sul da Avenida Marginal, este equipamento socorre-se das imagens do imaginário industrial e portuário de Matosinhos. É notória a sua alusão a um contentor suspenso numa estrutura metálica. Ao mesmo tempo que referencia as estruturas portuárias, possibilita uma libertação da forte exposição do local e permite a contemplação do oceano e da praia aos frequentadores do passeio marginal.

Piscinas
               
A piscina coberta encontra-se no enfiamento da Rua Sousa Aroso, a norte do restaurante pano. Mais uma vez tenta-se uma aproximação ao ideário simbólico do mar. Aqui as referências são as embarcações fluviais.
Equipamento de Apoio aos Desportos Náuticos
Centro de Animações e Diversões. Estes dois equipamentos situam-se entre a piscina coberta e o restaurante norte, na direcção da rua Carlos de Carvalho. Na sua formalização percebe-se uma clara aproximação formal aos depósitos de combustível, uma das imagens mais fortes de Matosinhos Sul.

Restaurante Norte

O restaurante Norte encontra-se no extremo Norte da plataforma, tornando este equipamento próximo do centro urbano. A sua imagem remete para uma jangada de ferro. Associado a esta construção existe uma ampla esplanada.
Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental
Esta edificação constitui-se como o fecho do conjunto dos equipamentos anteriormente referidos. A sua localização é já muito próxima do molhe. De todos os projectos referidos, é o único que não foi projectado pelo arquitecto Souto de Moura. A sua concepção é da arquitecta Filipa Guerreiro.

Habitação

A marginal apresentava-se como as traseiras da cidade industrial, estado para ela viradas a parte de trás dos armazéns e das fábricas de conservas. Com a recuperação dos quarteirões fronteiros de Matosinhos Sul e a sua substituição por edifícios de habitação, colocados perpendicularmente à costa, conseguiu-se revalorizar e dignificar toda a frente de água.

Trânsito e estacionamento

Como já foi referido, houve uma opção estratégica de retirar o estacionamento da marginal com a construção de um estacionamento subterrâneo. A sua colocação fica sob a rua e os acessos estão harmoniosamente colocados, com vários pontos de acesso a partir do percurso marginal.

Materiais

A intervenção do arquitecto Souto de Moura na marginal de Matosinhos Sul prima por uma grande economia de materiais. A grande plataforma que percorre todo o espaço é construída unicamente em pedra - granito. Embora com um desenho de estereotomia complexo e variado, não existe diferenciação de percursos. O próprio mobiliário urbano, de que são exemplo os bancos e as papeleiras, usam este mesmo material.
O elemento verde serve, neste caso, como uma faixa que “resolve todos os conflitos arquitectónicos”, brincou Souto Moura. “É uma peça serena, uma faixa verde coerente com o projecto de Siza Vieira, penetra nos quarteirões, penetra na cidade”, disse o autor aquando da apresentação da obra.