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Leça da Palmeira, sempre esteve intimamente ligada com o mar, em que nos anos 1820-30, era uma aldeia de pescadores ligada pela Ponte da Pedra a Matosinhos e ao Porto. Rapidamente entra na rota de banhos da época, e devido a comunidade inglesa que se instala lá impulsionando assim as ligações com a cidade do Porto. O desenvolvimento da vila esteve intimamente relacionado com a presença dos ingleses nas suas praias, desenvolvendo económica, comercial e turisticamente Leça da Palmeira.
Nas décadas de 20 e 30 do século XX, surge uma nova imagem urbano-balnear de Leça, com a comissão de iniciativa e turismo de Leça da Palmeira a ter influência decisiva de modo a melhorar as praias.
No ano de 1928 começa-se a construir a Avenida Marginal, por pressão da Direcção dos Faróis, de modo a que se fizesse um acesso para o farol da Boa Nova, tendo sido terraplanado um troço de 1500 metros. A comissão de iniciativa e turismo de Leça da Palmeira, fez aprovar um projecto para um pequeno parque na avenida marginal, com a promessa de melhorar a iluminação da esplanada da praia e na avenida até Fuzelhas. A partir dessa data surgem pedidos para a realização de uma marginal que ligasse Leça a Vila do Conde devido a interesses como: agricultura, pescas, socorro a náufragos, comércio e desenvolvimento das praias de S. Clemente da Boa Nova, Paraíso, Marreco, Angeiras, e facilitando igualmente o acesso ao histórico monumento da praia da Memória. Em 1953 com a necessidade de criar ligações do porto de leixões com a rede rodoviária do país e com as áreas a norte, a primeira fase da Avenida Marginal Norte é iniciada, até à capela da Boa Nova, passando a denominar-se por Avenida dos Centenários, hoje, Avenida da Liberdade. A construção tardia da marginal, já era afectada pelo declínio da procura de casas para alugar, ficando a sua influência somente por S. Clemente da Boa Nova e pelo troço que serve para limitar e balizar a frente urbana.
Em 1944, surge o Anteprojecto do Plano de Urbanização da Vila de Matosinhos - Leça do arquitecto Moreira da Silva, que tinha o intuito de urbanizar a área litoral desocupada, a norte da rua de Nogueira Pinto até ao farol da Boa Nova. Ele constituía uma tentativa de programação/construção de uma frente urbana atlântica em Leça com objectivos residenciais e turísticos aproveitando ideias não concretizadas até à data como uma piscina na Avenida Marginal, com esplanada no rés-do-chão e restaurante panorâmico no piso superior, que chegou a estar incluído no plano de actividades da câmara municipal de 1940. O Plano definia uma zona habitacional onde inseria vários equipamentos de cariz residencial e lazer, como um mercado, centro comercial, centro de desportos, piscina e hotel. Nos finais dos anos 40, Leça já reflectia a uma grande movimentação e animação sobre as praias, com o aumento de pessoas, barracas e automóveis, problemas que exigiam novas soluções: maior policiamento, mais bancos de jardim, maior intensidade de luz.